TRIBUTO À HUMANIDADE
Dia do Poeta – 20.10.2023
Mário Carabajal
Dinalva Carajajal (¹)
Dimarrye Carabajal (²)
GUERRAS
Em um Mundo de escolhas e destinos
Deixa-se crianças, mulheres e homens
Seres, estraçalhados
Em grande desatino
—
Gritos de dores e sofrimentos
Angústias e desesperos
No conforto de gabinetes
São cuidadosa e estrategicamente traçados!
—
Necessitamos de líderes
Sem distúbios psico-ativos
De psique preparada
Para com competência e humanismo
A PAZ Mundial ser Declarada
—
Crianças e idosos
Vítimas da falta de sabedoria
Têm suas vidas ceifadas
Famílias desfeitas
Sociedade em agonia
—
Regressos sociais
Conquistas perdidas
Construção e esperança
Desfalecem
Com perdas de vidas
—
A fome faz-se sombra
Em resultados cruéis
De batalhas travadas
Transborda a dor
Que protagoniza papéis
—
Desesperos emocionais
Soluçando nascem da morte
Lácrimas sem iguais
Como em filmes de terror
Desorientam até o mais forte
—
Das Guerras…
Também perdas econômicas
Que ninguém pode ignorar
Tornam fortunas desperdiçadas
E o sangue de inocentes a jorrar—
Alguns ramos da Economia Mundial
Causam grande estranheza
Como explorar a pobreza
Fazer Guerras e vender armas
Enriquecendo por malvadeza²
—
Indústrias e Países que lucram
Sob os ditames da morte
Elegem por comércio
Toda desgraça da sorte
—
Inescrupulosos
Exploram e aniquilam
Com armas ditam falso Norte²
Submetem e retiram
Argumento e apelo
Impondo à História um corte
—
Há caminhos e alternativas
Que a Humanidade pode seguir
Sob diplomacia e diálogo
Deve-se persistir
—
Inocentes não podem perecer
Um Mundo novo sem guerra
Insistamos persistir renascer
—Registremos na História
Um gesto lindo de amor
O fim das guerras conclamemos
Como um Marco de Valor
—
Um mundo unido
Em harmonia e paz
Povos sorrindo
A exemplo do que a criança faz
—
Das grandes guerras mundiais
Um triste canto ainda ecoa
Réplicas ininterruptas
E em menor escala
Ao mundo despovoa
—
Milhões de vidas perdidas
Alto preço a humanidade paga
Números frios que registram
Percentuais que a guerra propaga
—
Batalhas brutais ainda persistem
Deixam o Mundo em tormento
Poucos inocentes subsistem
Grandes se fazem os lamentos
—
Disputas efêmeras
Líderes minoritários
Marcam desgraças de Eras
Retiram sorrisos
Futuros de crianças
Por domínios à doces veras
—
Egos inflamados
Que a Paz despedaça
Conselheiros de Guerra
Parecem usar mordaça
—
Por suas faltas interventivas
Desarmonizam o Universo
Permitem escolhas destrutivas
Sem compor um único e saudável verso
—
Falta para o fim das guerras
Compreensão de que somos terras
Laços que transcendem fronteiras
Empatia e sabedoria
Para livrar das fogueiras
—
Falta ainda coragem
Optar em escolher a Paz
Dizer não à violência
Amor priorizar se faz
—
Dizer não à beligerância
Sem ganância
Fruto da ignorância
Alegria se trás
—
Falta por fim entender
Força não comprova verdade
No diálogo e cooperação
Reside a evolução
Caminhos de transformação
À conquista de nova realidade
—
Líderes plenos
Livrem as nossas e futuras gerações
Da dor e desespero
Afastem de todos as Guerras
Ouçam este humano apelo
—
Permitam um Mundo sem temor
Valorizem princípios e virtudes
De harmonia, empatia sem dor
—
Ditem luzes de amor e compreensão
Façam-se raios de fulgor
Tratem o Mundo com zelo
Insistimos
Ouçam o nosso apelo
—
Ao partir um cachorrinho fiel
Ou um gatinho bem fofinho
Dor, sentimentos em eco cruel
Deixam o coração apertadinho (¹)
—
O que se dizer das vítimas das Guerras
Deixam o Mundo sem chão e cor
Agora, imagine-se a tristeza e dor
Crianças em corpos inertes
Em braços de pais tomados pelo horror
Com lacrimas, sem nada entender
Fitam os Céus para um milagre estender (¹)
—
A dor que esmaga o peito
Um sofrimento atroz
Segurar o corpo sem vida de um filho
Do qual, antes, ouvia sua voz
—
Crianças brincam, sorriem
Bombas, silêncio, pó
Tormento, corações dilacerados
Vidas destruídas
Falsos líderes caminham só
—
Vitórias sem sentidos
Alguns homens na contramão
Pisam sobre seres e a Humanidade
Como se fossem o seu próprio chão
—
Líderes involuídos
Em cargos incondicionais
Deveriam ser destituídos
Presos e individualmente submetidos
A julgamentos internacionais
—
Apela-se para tudo
Coração, razão, Deus, amor
Quem sabe assim se alcançar
Um fim para tanto horror (¹)
—
Disputa e ideologia
Ao custo de vidas
Faz-se terrível anedonia
—
As escolhas de inequívocas verdades
Devem ser direcionadas
A paz, compaixão e humanidade
O amor, coerência, equilíbrio e discernimento
Podem erradicar a guerra e todo sofrimento
—
Coalizão de Paz tem poder de construir
Coalizões de Guerra, somente destruir
União em sonhos e um Mundo a florir
São práxis de quem se propõe evoluir
—
Líderes conscientes
Militares globais
Sigam suas mentes
O Branco proponham vertir
—
Baixem as armas
Não se comportem como animais
Recusem ordens irracionais
De líderes inconsequentes
Sem humanos ideais
—
Somem em ações concretas
Mirem para os Céus
Gastem suas munições
Não se façam ladrões
De vidas de pais e filhos
Que amam, como os seus
—
Abracem esta mensagem de Paz
Para os loucos líderes assistir
Suas guerras não ceifar vidas
E a Humanidade resistir
E os conflitos do globo banir
—
Repliquemos esse chamando à Paz
Nas mentes e Nações ecoe esse clamor
Por um Mundo sem guerras
De prevalência do amor
—
Privilegie-se as crianças
Somente com o esplendor
Brincar, cantar, sorrir, estudar
Sinalizando bases ideais
De assertivas racionais
—
Aspirar-se o evoluir
Não basta ciência, religião, carnaval
Futebol, status, praia, indústria e capital
Faz-se indispensável auto-conduzir
Conscientes, as vontades do Id
Com elevado discernimento
Entre o bem e o mal
—
Este poema é da Humanidade
Desejos de paz transcendem à individualidade
Escrevamos juntos, uma nova realidade
No dia em que a humanidade
Unida em vontade se erguer
Um só Mundo conceber
A esperança irá florescer
—
Que governantes, Parlamentares, Imprensa
Justiça, Organismos internacionais,
Populações, sem exceção
Mostrem ao Mundo a força da vontade
Seres em coletividade
Plantando ideais de Paz por decisão
—
Sem divisões geográficas e ideológicas
Deve a Humanidade buscar
Um Mundo sem Guerras
Para que minimamente
O ar livre, todos usufruam inspirar Expirando-se segurança
Para que a vida possa-se gozar
—
Compromisso firmado
Mudança em ação
Não sejamos mais vítimas da discórdia
Insensatez, trocas hostis e destruição
Semeie-se a Paz em concórdia
Lucidez e mútua gratidão
—
A Humanidade, como em gesto em roteiro
Proclama a paz em todo meio
Anuncia um futuro brilhante
Só de vida, sem borbadeio
—
Conclamemos a todos
Estampem branco nas janelas
Bandeiras brancas nos carros
A paz no ar a vibrar
Faixa branca no braço
O amor e paz virmos a plantar
—
Em um Mundo que chora
Com lacrimas a Paz semear
A cor preta, em esforços pode demonstrar
Nossa esperança em novo olhar
Por vidas que se perderam
As quais não poderão desabrochar
Em desejo ardente
De um Mundo sem Guerras
A Humanidade vir a experimentar
—
Escritores, poetas, jornalistas
Teatrólogos, cineastas, artistas
Com palavras em sintonia
Peças, livros, filmes e poesias
Elevem em suas Obras a Paz
Recriem o Mundo, em plena harmonia
Unidos por inquietações e anseios
Retiremos o Mundo de aflição e receios
—
Que este poema
Como um eco suave
Inspirando a mudança
Amor, transformação que se grave
—
Que a humanidade
Em máxima de verdade
Possa proclamar
A paz que tanto almejamos
Finalmente alcançar
—
Em paralelo ao apelo de paz que se entoa
Há uma desgraça que na Humanidade
Vergonhosamente ecoa
A fome, um inimigo silencioso que arrasta
Crianças, adultos, idosos
Sem alarde, depois mata
—
Dezessete mil crianças
Que um dia aspiraram a luz
Sete mil entre adultos e idosos
Morrem diariamente
A vida se reduz
—
Lutemos em ação e clamor digno
Plantemos alimentos
Mudas frutíferas por designo
Elevando esperanças
Em atos de luz benigno
—
Em vez de bombas
Destruir gente inocente
Investir na produção de alimentos
Melhor distribuição de renda
Viabilizar e facilitar vida, urgente
—
Derrubar do poder pseudo-líderes sem coração
Que autorizam a morte sem justificação
Conclamem-se às populações
Para deporem a estes senhores
Capazes de jogar bombas sobre seres
Como se não tivessem valores
—
Com que direitos…
Autorizados por quem – fazem isto?
Tais práxis e retrocessos
Denotam líderes imperfeitos
Sem fundamento e nexos
Por verdadeiros humanos
A reprovação da Guerra é incondicional
A paz é nosso maior compromisso
A vida … É Imortal
—
Que o Mundo se una, em uma só voz
Contra as Guerras e a Fome
Horrores estes que tanto nos consome
Na compaixão e solidariedade A
esperança de um Mundo Novo se faz
Sem Guerras… Sem Fome…
Só Amor e Paz
—
Como se um ‘Profeta do Saber’
Nos atrevemos afirmar, prever e garantir
Se à Guerra não pusermos fim
Pela Guerra a Humanidade deixará de existir (³).
——–
* Mário Carabajal, Presidente Fundador, Academia de Letras do Brasil ‘Da Ordem dePlatão’;Especialista em Pesquisa Científica; Mestre em Relações Internacionais;
Doutor e Ciências Educacionais; Pós-Doutor em Filosofia. Vinte e quatro livros
publicados.
WhatsApp pessoal do Presidente: 21967504014
E-mail: escritores.alb@gmail.com
Sites: www.academialetrasbrasil.org.br // www.academiadeletrasdobrasil.com
(¹) Dinalva Carabajal, Bacharel, Diretora Global da ALB Humanitária ‘Da Ordem de
Platão’; Teóloga; Juíza Arbitral; Embaixadora da Divine Académie Française des Arts
Lettree et Culture; Doutora hc em Direitos Humanos (OMMDH). Mamãe do Mário
Carabajal Júnior e Dinarrye PB Carabajal Lopes.
(²) Dimarrye Carabajal, (6 anos) estudante, sugeriu que as Guerras podem ser geradas,
não pelos países diretamente envolvidos. Mas, isto sim, por uma terceira força,
externa ao conflito – que o fomenta, por algum interesse e malvadeza, para colocar
propositadamente, aqueles dois primeiros em guerra.
(³) Lorena Zago, ALBSC – Presidente Getúlio. Professora. Escritora de Obras Infantil.
Mestra. Doutora h/c em Direitos Humanos (OMMDH). Conselheira Superior da ALB.